Português, Nossa Língua Gloriosa

Entrevista realizada por Alexandre Alves da Silva.

Gisela Marina da Purificação de Melo tem 24 anos, nasceu e vive em Maputo, Moçambique, é estudante de 3º ano de Gestão de Empresas no ISCTEM – Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique, é funcionária do BCI – Banco Comercial e de Investimentos, sua língua materna é Shangana, mas fala português e inglês como segundas línguas.

Sua língua materna é Shangana, para começar, como se diz bom dia em Shangana?

Xlekane.

Qual das línguas que fala é sua preferida?

O português com certeza é minha língua preferida, é a que mais falo. Apesar das muitas línguas que temos é a única oficial do país. A língua de nosas canções, de nossos poetas. De nossa terra é a língua gloriosa.

Quais seus passatempos preferidos?

Jogar Voleibol, escutar música, ler e assistir filmes.

Filmes? Cinema moçambicano?

Não, o cinema nacional ainda caminha a passos curtos. Assisto mais a filmes brasileiros e americanos.

Que livros você lê?

Gosto de ler livros científicos, romances de Paulo Coelho, também as obras de Mia Couto e José Craveirinha.

E que músicas você costuma escutar?

Música brasileira (Bossa Nova), Pop Rock, romântica, Jazz moçambicano (Stuwart Sukuma e Jimmy Dlhudlhu).

Quais são as datas comemrativas mais importantes de seu país?

25 de junho de 1975, dia da independência. 7 de abril, dia da Mulher Moçambicana e 4 de Outubro de 1994, Assinatura do Acordo Geral de Paz entre FRELIMO e RENAMO.

FRELIMO, RENAMO? O que quer rem dizer essas siglas? Que Acordo Geral de Paz foi esse?

Sim, a FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique, foi uma força política fundada em 1962, com o objetivo de lutar pela independência de Moçambique. Em 1978, três anos após a Independência, o movimento decidiu transformar-se em partido
político, de cunho marxista-leninista.

RENAMO – Resistência Nacional Moçambicana, surgiu como reação ao partido único no poder, a FRELIMO, organizando um movimento armado que durou 16 anos. O Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, a 4 de Outubro de 1992, por Joaquim Chissano, presidente de Moçambique e representante da FRELIMO, Afonso Dhlakama, presidente da RENAMO e por representantes dos mediadores, a Comunidade de Santo Egídio, da Itália, e pôs fim aos 16 anos de guerra civil.

Quais os maiores heróis do país?

Eduardo Mondlane, herói da revolução pela independência de Moçambique, certamente ele é o maior herói, infelizmente morreu assassinado por uma carta bomba. Samora Moisés Machel, nosso segundo presidente e também um herói da revvolução, sua esposa Graça Machel Mandela que lutara am ao lado de Mondlane pela independência do país.

Quando Samora foi morto ela mudou-se para África do Sul e mais tarde tornou-se a mulher do grande Nelson Mandela, com quem vive até hoje. Samora também foi assassinado, seu avião foi sabotado, e os culpados até hoje são um mistério. Joaquim Alberto Chissano, nosso último presidente que assinou o Acordo Geral de Paz e acabou com uma guerra que castigou o país por 16 anos.

Quais as principais comidas típicas de seu país?

Matapa (feita de folhass de abóbora). Caril de amendoim. Frango a zambeziana (frango grelhado com molho de côco).

Qual a moeda do país?? Qual a relação o Real?

Metical (MT). R$ 1,00 = M MT 12,23

Qual o valor do salário mínimo? Dá pra viver bem com esse dinheiro?

MT 2000,00.

Qual a base da economia do país?

Agricultura e pesca, começça a depender um pouco do turismo.

Quais são as relações e influências entre nossos países?

Culturais. Sendo que a mússica, obras literárias, novelas e músicas do Brasil fazem parte de nosso dia a dia.

Qual a principal religião do país? Qual a influência destas na vida das pessoas?

Islamismo, Cristianismo, e o Hinduismo. Elas influenciam muito na vida a de todos, especialmente o Islamismo que ensina sobre e como devem ser os hábitos, modo de vestir e cultura de seus adeptos.

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Conversando sobre Guiné

Entrevista realizada por Francisca Lúcia de Sousa Aguiar.

1. Nome:

Agnelo Pinto.

2. Idade:

24 anos.

3. Formação acadêmica:

Ciências Contábeis.

4. Profissão:

Estudante.

5. Qual a língua oficial falada em seu país?

A língua oficial falada é o Português, mais existe outro dialeto que é chamado Criolo que a gente interage entre nós.

6. Qual o estilo de música mais ouvido e os cantores mais destacados?

O estilo de musica utilizado na guiné é zouk e gumbé

7. Quais novelas são mais assistidas?

As novelas mais assistidas são da Record, é direto, que oferece a imagem pra gente, mais sempre a gente assiste a da Globo também.

8. Quais os esportes mais praticados no país?

O africano é apaixonado pelo futebol e atletismo

9. Aqui no Brasil a cultura é bastante marcada por festivais de época, como festas juninas, carnaval e outros. E em seu país o que mais marca a cultura?

São as festas religiosas, onde, nos dias do festejo todas as camadas de classes sociais e políticos saem às rua festejando, onde cada qual mostra a cultura da sua etnia, e fica desfilando nas avenidas.

10. Qual é a religião predominante de Guiné?

Sem dúvidas é a Católica, mas há várias igrejas protestantes.

11. Como é o tratamento familiar? Os jovens moram com seus pais até o período do casamento?

Pois agente tem o hábito de morar com os pais até 18 anos, sentindo-se adulto, sai de casa para morar sozinho.

12. Na culinária, quais os pratos típicos de seu país?

São variadissímas, os pratos bem típicos são: o caldo denden e o pitch patch e outros.

13. E a refeição do café-da-manhã? Aqui do Brasil, por exemplo, comemos geralmente café como pão ou tapioca.

Tem um pouco de diferença, pois a gente toma café, mas não é o nosso hábito, de manhã comer pão, mandioca, kus kus que é tapioca.

14. Quais as diversões mais comuns praticadas pelos jovens?

As festas mais comuns de se divertir são Natal, final do ano e carnaval.

15. Qual o tipo de leitura que costuma fazer: jornais, revistas, livros ou outros?

Eu costumo mais inteirar pela internet.

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Jus: um retrato das múltiplas faces de Guiné-Bissau

Entrevista realizada por Maria Adelaide Guilherme Souza.

Jus Fernandes Embassá, 26 anos, é um típico africano: negro, alto e bonito. Estudante de enfermagem, há 15 meses no Brasil, apaixonado por seu país, revela seu maior sonho: contribuir, juntamente com seus compatriotas que aqui estudam, para o desenvolvimento econômico de seu país, Guiné-Bissau.

Adelaide: Olá, Jus! Seu nome é bonito. Qual a origem dele?

Jus: Primeiro boa tarde, muito obrigado pela oportunidade de fazer uma entrevista com você. Meu nome “Jus” é de origem portuguesa. Quando meu pai estava fazendo direito se inspirou na palavra “justiça” e colocou esse nome em mim.

Adelaide: Uma das coisas mais ricas de um país é a culinária. Qual a comida típica de Guiné Bissau?

Jus: Bom de comida eu não entendo muito bem, mas tem o caldo de xebel que pode ser feito com carne ou com peixe e é bastante popular porque é gostoso e natural.

Adelaide: Os ritmos africanos influenciaram bastante a cultura brasileira. Qual é o ritmo que quando se toca ninguém fica parado em Guiné Bissau?

Jus: É a música gumbé.

Adelaide: Você gosta de música brasileira?

Jus: Sim.

Adelaide: Que tipo?

Jus: Gosto muito da música e do ritmo do “Diante do Trono”, um grupo que canta músicas Evangélicas.

Adelaide: E música popular você gosta de quê?Axé, forró, sertanejo?

Jus: Desse tipo gosto mais de banda Calipso, porque tem uma maneira, uma forma de fazer solo que é quase universal. Parece muito com o ritmo de meu país.

Adelaide: Você pratica algum esporte?

Jus: Pratico e adoro o futebol! O povo de Guiné Bissau adora!

Adelaide: É febre?

Jus: É febre! (risos).

Adelaide: Falando em política, como é o sistema de governo guineense?

Jus: É democrático. Ocorre eleições diretas de quatro em quatro anos, eleições presidenciais e legislativas.

Adelaide: Qual a religião predominante em Guiné Bissau?

Jus: Guiné Bissau é um pais livre, tem a existência de todas as religiões e também há liberdade para se fazer evangelizações. Há paises na África que não é permitido nem ao menos tu andar com a Bíblia na mão na rua. Guiné Bissau é predominantemente católico seguido de evangélicos e mulçumanos. Essas três religiões são as que tem mais destaque.

Adelaide: Há alguma data comemorativa que seja relacionada diretamente com a identidade do povo guineense?

Jus: Pois è, tem, é a data da nossa Independência. Em 24 de setembro de 1974 se deu a Proclamação da Independência de Guiné Bissau.

Adelaide: Conta um pouco sobre o carnaval de seu país.

Jus: O carnaval em Guiné Bissau é universal, mais ou menos na mesma data que é aqui no Brasil. Tem fantasias e blocos.

Adelaide: Se eu fosse à Guiné Bissau que ponto turístico eu não poderia deixar de visitar?

Jus: Ilha de Bubaque, uma ilha WWW e interessante da América, Europa em outros lugares do mundo e temos ainda a capital que tem uma praia que fica a 60 quilômetros tipo ilha mas que tem uma fronteira vizinha.Aquarela também é um ponto turístico.

Adelaide: O que tem em Guiné Bissau que você ainda não viu no Brasil?

Jus: Ilhas. Em Guiné Bissau temos mais de 60 ilhas e aqui no Brasil não vi nenhuma.

Adelaide: É, apesar de haver bastantes ilhas em toda a costa brasileira, não chegam a ser tantas assim.

Jus: E em Guiné Bissau são ilhas bem grandes, bem grandes, em cada ilha tem praia e casas de praia.

Adelaide: Qual lugar que você foi aqui no Brasil, achou muito bonito mas que não tem em Guiné Bissau?

Jus: Essa pergunta é muito importante!Quando cheguei aqui o primeiro lugar em que eu fui foi no Shopping Benfica. Em Guiné Bissau não tivemos a oportunidade de construir um shopping e o nosso grupo que veio estudar aqui temos essa intenção de construir um o mais rápido possível. Esse é o meu maior orgulho de fazer lá o que eu vi aqui e que não tem lá.

Adelaide: Falando em economia, qual é a moeda utilizada em Guiné Bissau?

Jus: É o franco Cefa da comunidade financeira africana.

Adelaide: Como é o câmbio em relação ao dólar ou ao real?

Jus: Bom, esse câmbio é muito complicado: primeiro tu passa de franco pra dólar e depois de dólar pra reais, então é muito difícil, ainda mais agora que o dólar está variando muito. Mas pra tu comprar um objeto, uma moto por exemplo é muito mais barato lá do que aqui. Se com cinco mil reais tu compra uma moto aqui, lá tu compra duas com o mesmo valor, as ligações telefônicas de lá pra cá também são bem mais baratas que ligar daqui pra lá.

Adelaide: Qual foi o teu primeiro contato com a língua portuguesa?

Jus: Eu comecei a aprender português na escola aos sete anos de idade. Com certeza o nosso país só fala português na escola, no trabalho, nesses lugares assim mais formais, mas em casa e ás vezes até no trabalho mesmo se fala é o crioulo.

Adelaide: Foi difícil aprender português?

Jus: Não, porque o crioulo é um tipo de português, um português sem regra, então se tu já aprendeu falar o crioulo fica mais fácil aprender falar o português. Quando a gente vai a escola aprende primeiro a ler em crioulo e depois em português. Como algumas palavras são muito parecidas, falando em crioulo quem fala português dá pra entender alguma coisa e falando em português quem fala crioulo dá pra entender alguma coisa.

Adelaide: Qual palavra você achou mais fácil aprender em português?

Jus: Pois é, eu gosto de GLÓRIA A DEUS, BOM DIA...

Adelaide: E uma palavra que você achou difícil de aprender ou algum aspecto lingüístico que você tenha achado diferente?

Jus: Como o crioulo é muito parecido com o português não achei nenhuma palavra difícil, mas em crioulo a maioria das palavras tem acento mudo que às vezes ocorre uma junção tipo em “eu vou” dizemos em crioulo tudo junto “nabai”.

Adelaide: No Brasil colônia durante mais de duzentos anos se falava a língua geral que foi proibida em 1758 pelo Marques de Pombal e aos poucos foi desaparecendo. Que sentimentos desperta em vocês guineenses a permanência do crioulo até os dias de hoje como língua mais falada em seu pais?

Jus: É como se fosse a identidade de nosso povo,é motivo de orgulho. O crioulo foi uma língua inventada por nossos antepassados quando eles estavam passando por uma crise: a gente estava dependente de Portugal, então qualquer coisa que a gente precisava tinha de ir tratar diretamente com os portugueses. Dessa forma em Guiné Bissau nossos antepassados estavam muito bloqueados pra fazer qualquer coisa, então pra eles tentar fazer alguma coisa e não dar se a entender para português eles inventaram essa língua. Essa invenção de duas ou três pessoas foi se expandindo até se tornar uma língua, o criolo, o português mal falado. Mesmo quando a gente se reúne aqui no Brasil no Shopping ou no RU, a gente não fala português, fala a nossa língua e os brasileiros ficam olhando pra gente sem saber o que a gente tá falando (risos), mas isso é natural.

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Impressões cabo-verdianas

Entrevista realizada por Gessyca Oliveira.

Silvanilda Delgado, 27 anos, estudante cabo-verdiana de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Ceará, reside em Fortaleza desde 2005 com outras estudantes de seu país natal. E durante esses anos de residência no Brasil, a estudante estrangeira passou por mudanças lingüísticas como forma de adaptação ao Brasil, reforço de algumas percepções em relação ao país, assim como também frustrações em relação a algumas delas.

Em fase de monografia e prestes a voltar para Cabo Verde, Silvanilda concedeu a entrevista via e-mail:

Gessyca: Por que você escolheu o Brasil para vir estudar?

Silvanilda: De varias opções,entre outros países que eu tinha a escolher,optei pelo Brasil ,primeiramente,devido à facilidade da língua, pois a minha língua oficial é português; depois,devido as coisas que eu via na midi, logo me identifiquei com esse país; e, por final, devido ao curso que vim fazer aqui,que é publicidade e propaganda,que eu tinha informações que o Brasil é um dos melhores nesse ramo.

Gessyca: Quais expectativas você teve antes de vir para cá e quais as frustrações?

Silvanilda: As expectativas que eu tive é que chegaria num país,mais precisamente em Fortaleza, onde iria encontrar coisas novas , ou seja ,maravilhas, iria encontrar pessoas simpáticas, um lugar lindo, que não fugisse muito da minha realidade,pois Cabo Verde tem muitas coisas parecidas com o Brasil. Só que infelizmente como tudo na vida não é maravilhas,tenho varias coisas que deixo muito a desejar, tais como: essa simpatia que falam do povo cearense,acho que é a mídia que o criou, porque quase que não vivi isso aqui, e também não sei se é pelo “facto” de ser Africana mas aqui muitas pessoas não são nada simpáticas com a gente, ainda tem essa coisa na mente que África é um pais pobre,cheio de doenças, então ficam com medo de passar-lhes algo.

Gessyca: Quais as semelhanças culturais entre seu país e o Brasil?

Silvanilda: Bom, as semelhanças culturais são muitas, devido ao “facto” de que a cultura brasileira surgiu de escravos africanos. No que se pode considerar muito parecido com a nossa cultura é primeiramente a questão da festa,os dois países adoram da mesma forma uma boa festa, ou seja, tudo é motivo de comemoração. Tem o costume do carnaval, tem também a questão da culinária que tem varias coisas parecidas tais como: daqui do Ceará, temos o mugunzá,que é parecido com um prato típico do nosso pais que é a “catchupa”, a cachaça que lá também é muito produzida, mas com o nome de “aguardente”.

Gessyca: Como as pessoas de Cabo Verde vêem o Brasil?

Silvanilda: As pessoas vêm o Brasil como um país que pertence a Cabo Verde, isso porque? Bom isso é principalmente pelo “facto” de Fortaleza estar ligada a Cabo Verde pela via aérea num curto espaço de tempo,que é de 15h45mn de avião, depois tem o que é mostrado pela mídia: eles vêem o Brasil como o paraíso onde se pode passar umas boas férias.

Gessyca: Quais as línguas faladas em Cabo Verde?

Silvanilda: Em Cabo Verde temos a nossa língua materna que é o “crioulo”, que usamos no dia-dia,na rua com os amigos,familiares etc, e temos o Português que se usa nas instituições e na mídia.

Gessyca: Quais as dificuldades encontradas no português do Brasil em relação à fala e a escrita?

Silvanilda: As dificuldades foram muitas, primeiramente na rua devido aos termos que as pessoas gostam de usar,muitas vezes me faziam confusão, e na questão da sala de aula também encontrei algumas,principalmente na escrita, isso porque lá em Cabo Verde usamos o português de Portugal, que é bem diferente do que se usa aqui, e depois quando os professores falavam pouca coisa eu entendia,porque falavam rápido e complicado.

Gessyca: Sofreu dificuldades de adaptação ao país?

Silvanilda: Não. Só a saudade que me perturbava.

Gessyca: Sofreu algum tipo de preconceito pelo fato de ser estrangeira?

Silvanilda: Sim. Na faculdade sempre haviam pessoas que ficava meio desconfiadas. Isso porque a faculdade aqui é muito concorrida para se conseguir entrar, então achavam que viemos aqui pegar os lugares deles, mas só que depois de lhes explicar como entramos aqui nas faculdades Brasileiras, que é através de um convênio que existe,então já ficavam mais tranqüilos.

Gessyca: O que o Brasil tem de positivo e de negativo?

Silvanilda: De negativo, Fortaleza, que é o lugar que conheço e onde vivo, tem uma grande falta de saneamento, e de mais cuidados com a via pública,isso porque é um lugar muito sujo. E de positivo, tem as festas, as praias, algumas pessoas.

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Enaida da Silva - estudante de Guiné-Bissau

Entrevista realizada por Janayna Maciel.

Enaida da Silva, no Brasil há três anos, é uma simpática guineense de 24 anos que estuda Pedagogia na Universidade Federal do Ceará.

1. O que você veio fazer no Brasil?

Vim estudar. Consegui uma vaga por meio de intercâmbio. Estou cursando o sétimo semestre de Pedagogia, na Universidade Federal do Ceará, na verdade, gostaria de ter feito Relações Internacionais, mesmo assim, já estou me identificando com o curso.

2. O que você mais gosta no Brasil?

Das praias, apesar de não visitá-las há muito tempo.

3. Algo que você estranhou ao chegar...

O modo como as pessoas se tratam. Nos primeiros dias de aula, quando chegava na faculdade, falava com todos mesmo sem conhecer, porque faz parte do nosso costume, mas depois percebi que as pessoas chegam e sentam nos seus lugares sem falar com ninguém.

4. Pretende voltar para o seu país para aplicar o que aprendeu aqui?

Pretendo. Penso em trabalhar no S.O.S das Crianças, uma espécie de orfanato.

5. Quando foi o seu primeiro contato com a Língua Portuguesa?

O meu primeiro contato foi na escola, já que em casa fala-se Crioulo e até em lugares como igrejas ele é usado junto com o Português. Além do Crioulo e do Português, há outras línguas particulares a cada etnia, falada geralmente pelos mais velhos. Eu não sei falar a língua da minha etnia.

6. Você gosta de futebol?

Sim. E embora não saiba jogar, tento. Fui até para Canindé com um time de amigas mostrar meu futebol.

7. Qual a comida que é a cara de Guiné Bissau?

Feijoada, com certeza.

8. Você pratica alguma religião?

Sim, sou católica.

9. Qual a manifestação cultural mais comum em Guiné Bissau?

A música e a dança, no entanto, é muito mais comum que as pessoas ouçam música do que dancem.

10. Para finalizar, gostaria de saber se a mulher em Guiné Bissau conquistou espaço como aconteceu no Brasil.

Sim. Mas isso varia de uma região para outra, na capital as mulheres são muito mais independentes que as do interior, embora o direito ao voto tenha sido uma conquista comum a todas.

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